sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sem Abrigo


Calcorreias moribundo pelas ruas da cidade, rumando a um infinito absolutamente sem destino algum.
Ancoras num banco esquecido e fazes dele o teu “lar”,
A tua cama por mais um dia.
Já quase não sentes o frio gélido, pois a sujidade encrostou quase toda a tua pele “protegendo-a”.
Os teus cobertores são cartões velhos que há muito nada servem…
Tens como Amigos os fantasmas da tua imaginação que há muito te acompanham e com quem manténs monólogos de uma resignação e tristeza acutilantes.
Tu que tens um passado notável,
Uma história de vida,
Com História e Vida de facto,
Tu, que já foste um cidadão nobre,
Hoje és um pobre,
Um Sem-Abrigo,
Não tens nada e com nada te importas
Não és ninguém e limitas-te a arrastar a tua existência…
Perdeste-te num Mundo que é só teu onde só entra mesmo a solidão.

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=13415

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